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Teoria dos Sistemas Dinâmicos
 

Uma perspectiva alternativa aos processos envolvidos no desenvolvimento da distonia focal em músicos envolve a teoria dos sistemas dinâmicos. Ao contrário da teoria hierárquica da organização do movimento que supõe uma confiança em representações sensório-motoras, a teoria dos sistemas dinâmicos sugere que a organização do movimento é de facto o resultado de uma rede adaptável, intercambiável e flexível de processos complexos em todo o corpo que são capazes de facilitar o movimento espontaneamente.  

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A premissa é que na distonia focal dos músicos, a flexibilidade do sistema nervoso para reagir espontaneamente e se adaptar a situações de mudança é reduzida. Em vez disso, o sistema nervoso é menos flexível, incapaz de se adaptar suficientemente e, como resultado, há uma ruptura na comunicação entre as diversas áreas do cérebro envolvidas no processo de movimento.

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Rosset-Llobet e Nolas (2018) sugerem que:

 

“do ponto de vista do sistema dinâmico, a distonia aparecerá quando houver um desequilíbrio entre a capacidade do músico de se adaptar às mudanças ambientais internas ou externas (quão flexível ele ou ela é) e quão intensas são essas mudanças”.

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Esta teoria dos sistemas dinâmicos oferece um motivo persuasivo para o aparecimento da distonia focal nos músicos. Postulações para outros fatores ainda inexplicáveis, como a proporção de 4:1 entre mulheres e homens, também foram abordadas. Rosset-Llobet et al. (2012) confirmam que mulheres com ciclo menstrual regular são menos propensas a sofrer da doença, sugerindo que o ciclo hormonal altera a excitabilidade cortical e a plasticidade neuronal pode reduzir a incidência do aparecimento. Em essência, o cérebro é mais adaptável às mudanças.

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