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Meu nome é David Gardner. Sou um violoncelista britânico morando no Brasil, na América do Sul e atualmente estou realizando meu doutorado, uma pesquisa que analisa questões relacionadas à conscientização, mitigação de riscos e prevenção da distonia focal em músicos. Em 2005, fui diagnosticado com distonia focal na mão esquerda, durante um período particularmente agitado da minha carreira, que virou completamente a minha vida de cabeça para baixo. Eu nunca tinha ouvido falar de distonia focal antes e não sabia o que fazer ou a quem recorrer. Como muitos que estão lendo isso hoje, procurei respostas e assim comecei minha jornada pessoal com distonia focal.  Meu retreinamento tem sido uma jornada muito pessoal que envolve muita experimentação e pesquisa ao longo do caminho. Algumas coisas funcionaram bem, outras não. Houve períodos de remissão quase total dos sintomas e períodos de luta. Embora no meu caso eu não tenha conseguido reter totalmente minhas habilidades de tocar (muitos conseguiram), consegui manter uma carreira ativa de músico e professor, aprendendo muito sobre mim mesmo ao longo do caminho. A distonia acabou sendo uma influência positiva e também negativa na minha vida. Sou uma pessoa melhor e mais compreensiva por causa disso. Se eu pudesse dar dois conselhos, eles seriam: não sofra em silêncio e acredite na sua capacidade de recuperação. Não é uma sentença de prisão perpétua, é um obstáculo no caminho, persevere e abrace a jornada.